Brasil fica sem torcida na F-1 em 2012

A temporada de 2011 da Fórmula-1 termina nesse domingo em Interlagos, depois de ter sido marcada por um grande passeio do genial Sebastian Vettel, que esmagou os adversários durante o ano inteiro. E poderá repetir a dose em 2012. Para a torcida brasileira, as perspectivas não são nada boas. Felipe Massa deverá cumprir seu último ano na Ferrari, mais uma vez como mero coadjuvante de Fernando Alonso, e o máximo que poderá fazer é conseguir um brilhareco aqui ou ali, com um pouco de sorte. Massa nunca mais foi o mesmo depois do acidente com a peça que voou do carro de Barrichello em 2009 e lhe provocou um trauma craniano, juntamente com o nascimento de seu filho. O que aconteceu com ele é fatal para qualquer piloto que pretende ser campeão: tirou o pé. Aquela gana que faz com que os grandes pilotos se arrisquem ao máximo em busca dos resultados e não pensem duas vezes antes de acelerar forte, que é o que faz a diferença, ele não mais terá. Rubens Barrichello, que diga-se de passagem teve uma carreira muito bonita, já passou do ponto e agora anda meio que se arrastando nas pistas, largando lá atrás e sempre por lá ficando. Se conseguir um cock-pit para correr em 2012 (sua saída da Williams é praticamente certa), não será numa equipe relevante, e ele continuará disputando posição do décimo-quinto lugar para trás. Bruno Senna, outro com grande chance de ficar de fora, apesar de ter algum talento e ser esforçado, tem contra si, além da falta de boas vagas, seu biotipo pouco favorável a pilotos de F-1, por ser muito alto e pesado. Isso joga contra ele na disputa pelo única vaga que resta na Renault, já que o russo Petrov está garantido. Esse é o quadro que se visualiza no momento. Só nos resta esperar e torcer para que nas próximas safras que forem surgindo, apareça um novo Fittipaldi, Piquet ou Senna, que nos traga de volta aqueles grandes momentos que vivemos no passado.

Festival de incompetência

Esse Campeonato Brasileiro está de amargar. É um festival de incompetência que parece não ter fim. Nenhum torcedor, de qualquer time, aguenta mais ver tanta mediocridade. A impressão que dá é a de que ninguém quer ser campeão. O Corinthians já teve na mão várias oportunidades de abrir vantagem na tabela, e jogou todas elas fora. A última foi inaceitável: perder do América Mineiro, lanterna já virtualmente rebaixado e que ganhara apenas 4 partidas em todo o campeonato antes do confronto de ontem, não tem perdão. O Vasco, que muitos imaginavam que fosse embalar, empatou com o São Paulo, perdeu do Santos e se arrasta igual ao Corinthians. O mesmo se pode dizer de Botafogo, Flamengo e Fluminense, que alternam boas e más atuações e não conseguem sair do lugar. Não se vislumbra um time sequer com um mínimo de consistência para que possa chegar ao título. A sorte é que vai acabar decidindo a disputa, e aquele que vencer não terá muito do que se gabar.