quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vingança de Blatter penaliza cariocas

A divulgação da tabela da Copa do Mundo de 2014 expõe claramente a vingança de Joseph Blatter, reeleito presidente da Fifa em junho, ao apoio velado que Ricardo Teixeira, presidente da CBF, deu à oposição liderada pelo derrotado qatariano Mohamed Bin Hammam. A vingança penaliza o Rio de Janeiro, base da CBF de Teixeira, que só verá a seleção brasileira caso ela chegue à final da Copa. O Brasil joga a primeira fase em São Paulo (12 de junho), Fortaleza (17) e Brasília (23). Se for o primeiro do grupo, o time nacional joga as oitavas em Belo Horizonte (28), as quartas em Fortaleza (4 de julho), a semifinal em Belo Horizonte (8) e só a final no Maracanã (13). No caso de ficar em segundo no seu grupo, a trajetória do Brasil será Fortaleza, Salvador, São Paulo e Rio. Se acaso for disputar o terceiro lugar, jogará em Brasília.
A guerra entre Blatter e Teixeira começou nos anos 90, quando a BBC de Londres denunciou que a empresa ISL (International Sport and Leisure), cujos donos eram Teixeira e seu sogro João Havelange, ex-presidente da Fifa, pagou altas propinas a dirigentes da Fifa para garantir os direitos de transmissão e anúncios das Copas daquela década. Daí em diante, a amizade entre os dois azedou e eles travaram uma longa guerra fria nos bastidores. Que culminou com a vingança de Blatter e a penalização aos cariocas, que tanto amam o futebol e a seleção.

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